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Mostrando postagens de fevereiro, 2007

Equilíbrio

Recebi uma história muito interessante via e-mail...achei que deveria publicá-la. Eu acompanhava um amigo à banca de jornal. Meu amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas, como retorno, recebeu um tratamento rude e grosseiro. Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, meu amigo sorriu atenciosamente e desejou ao jornaleiro um bom final de semana. Quando descíamos pela rua, perguntei: - Ele sempre lhe trata com tanta grosseria? - Sim, infelizmente é sempre assim. - E você é sempre tão atencioso e amável com ele? - Sim, sempre sou. - Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você? - Porque não quero que ele decida como eu devo agir. - Nós somos nossos "próprios donos". Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mau humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros. Não são os ambientes que nos transformam e sim nós que transformamos os ambientes. Para saber quantos amigos você tem, dê uma "festa"

O Bilhete

Era uma sexta-feira chuvosa de novembro. Mais molhada do que o normal pra esta época do ano. No relógio eu via: 15:15 - eu precisava ir ao banco de qualquer jeito, não tinha mais como adiar. Corri naquele temporal e me digiri à imensa fila de atendimento, onde todos tinham as mesmas pressas e humores. Enquanto eu aguardava pacientemente (eu sendo irônica), desviei meu olhar para um ponto do Banco a fim de pensar em alguma coisa útil para passar o tempo. Foi, então, que vi um bilhetinho caído no chão. Não sei porquê mais fui acometida de uma curiosidade, sem tamanho, de saber o que havia naquele pequeno papel. Algumas pessoas passavam, chutavam aquele minúsculo recado. Parecia que ele estava lá para mim, somente para mim. O tempo foi passando, a minha vez no atendimento foi se aproximando e eu estava praticamente hipnotizada, olhando aquele papelzinho estúpido. Chegou minha vez, fui atendida, andei até aquele maldito pedaço de papel e, num súbito incontrolável, abaixei-me, peguei-o e sa

Diversionismo

Se capaz, finja não ser capaz; se preparado, finja o despreparo; se longe do espaço, finja estar perto; se seguro de si, finja o ser deserto; se o cansaço o encobre, tome por teto o descampado a céu aberto. O fingimento é nobre. Na arte da guerra é a paz que se descobre. (Mário Chamie) Após longos meses de digitando, conferindo, imprimindo, discutindo, estou na reta final da produção do livro do poeta Mário Chamie, que decidiu reunir sua obra poética em dois volumes, entitulados Objeto Selvagem . Poeta vanguardista, é o criador da poesia práxis, uma forma de poesia singular, original e perfeitamente escrita. O poema acima é dos meus preferidos e se encaixa muito bem na minha situação atual. Sempre temos que usar máscaras, fingir sentimentos e ações, nos contentar com aquilo que nos incomoda, com aquilo que não nos traz felicidade e fingir que estamos contentes e dispostos. Fingimos estar bem de sáude, fingimos interesse por alguns assuntos em nome de dinheiro, trabalho, fingimos compet

O Candidato

- Bom dia! - Bom dia....seu nome por favor. - Sofia, eu estou aqui para fazer uma entrevista com a Sra. Silvia. -Ah sim, me acompanhe até a sala de reunião 2. Nossa, cheguei cedo. Mas tudo bem, dez minutos mais cedo não irão me prejudicar. O que falarei? Preciso impressionar, ser natural, falar palavras-chave? Ouço algum barulho...é ela! Seja o que Deus quiser. (Será que Deus está presente em entrevistas de emprego? Espero que sim) - Bom dia Sofia, sou Silvia, manager of consulting business senior II. Estou selecionando uma auxiliar apenas para redigir relatórios, atender ligações e recepcionar clientes. - Sei, interessante. Você tem meu currículo, não é? Pois bem... - Bem, Sofia, você tem inglês fluente? - Yes, of couse. Do you want to talk a little? - Não, só estou checando. Você tem nível superior? - Tenho sim. Sou formada em Administração de Empresas e estou a caminho de minha pós-graduação. - Ah é? Que interessante! E o que está faltando para que você curse sua pós? - Desculpe-me